Minério de ferro

22/04/2025 20:03h

Objetivo é fortalecer a presença brasileira no maior mercado de minério de ferro do mundo e, ao mesmo tempo, ampliar as fronteiras da cooperação em inovação e sustentabilidade.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira participou, em 22 de abril, de reuniões bilaterais com a Vale e com a China Baowu Steel Group Corporation. A agenda estratégica, realizada em Xangai, teve como foco o fortalecimento de parcerias comerciais, a atração de investimentos para o Brasil e a ampliação da cooperação em tecnologias voltadas à transição energética.

"Reafirmamos aqui o compromisso do Brasil em aprofundar uma parceria estratégica construída ao longo de quase cinco décadas com a China. Nosso objetivo é fortalecer a presença brasileira no maior mercado de minério de ferro do mundo e, ao mesmo tempo, ampliar as fronteiras da cooperação em inovação e sustentabilidade. Estamos determinados a fazer do Brasil um protagonista global na transição energética, liderando o desenvolvimento de soluções tecnológicas de baixo carbono que tragam benefícios concretos para ambas as nações", afirmou o ministro.

A Vale mantém uma parceria histórica com a China desde 1973, quando enviou o primeiro carregamento de minério de ferro ao país asiático. A mineradora vem consolidando sua presença no mercado chinês, com escritórios em Xangai, Pequim e Qingdao.

Na sequência da agenda, o ministro visitou a sede da Baosteel, subsidiária da estatal China Baowu, localizada no distrito de Baoshan, em Xangai. Com uma produção anual de 130 milhões de toneladas de aço e ativos que superam 1,36 trilhão de renminbi – cerca de R$ 952 bilhões – a Baowu se consolida como uma das maiores siderúrgicas do mundo. Em 2021, a empresa firmou um Memorando de Entendimento (MoU) com a Vale, com o objetivo de desenvolver soluções voltadas à redução das emissões de gases de efeito estufa na cadeia produtiva do aço.

O acordo prevê, entre outras ações, o desenvolvimento conjunto de biocarbono para uso em altos-fornos, substituindo fontes fósseis por materiais neutros em carbono. Também estão em andamento tratativas para um possível investimento da Vale em uma planta piloto de biocarbono da Baowu, com valor estimado entre 60 e 70 milhões de renminbi, o equivalente a mais de R$ 50 milhões.

A agenda do ministro Alexandre Silveira integra a estratégia do governo brasileiro de estreitar laços com parceiros comerciais estratégicos, promover a descarbonização da indústria e atrair investimentos que contribuam para uma economia mais verde. Além disso, a ida do ministro antecede e prepara a viagem do presidente Lula ao país asiático, prevista para o próximo mês.

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15/04/2025 21:25h

O S11D continuou a ter um bom desempenho, atingindo a maior produção para um primeiro trimestre.

A Vale anuncia que o seu desempenho no primeiro trimestre de 2025 foi marcado por maiores vendas de minério de ferro (ano a ano) e pelo progresso no comissionamento dos projetos Vargem Grande 1 e Capanema, ambos em Minas Gerais, garantindo uma maior flexibilidade operacional e aderência ao guidance de produção para o ano. O desempenho de cobre e níquel também foi forte, “refletindo o desempenho consistente em todos os ativos, bem como o ramp-up do projeto VBME no Canadá.

Segundo a empresa, a produção de minério de ferro totalizou 67,7 Mt, ou 4% (3,2 Mt) menor a/a, conforme o plano de produção da empresa, enquanto os níveis de chuva elevados impactaram ainda mais o Sistema Norte. “O S11D continuou a ter um bom desempenho, atingindo a maior produção para um primeiro trimestre. A produção de pelotas totalizou 7,2 Mt, 15% (1,3 Mt) menor ano a ano, devido à menor disponibilidade de pellet feed. As vendas de minério de ferro totalizaram 66,1 Mt, 4% (2,3 Mt) maior a/a, impulsionadas pela flexibilidade da cadeia estendida da Vale, utilizando estoques avançados”.

No cobre, a produção totalizou 90,9 mil mil t, 11% (9,0 mil t) maior na comparação ano a ano, com forte desempenho operacional em Salobo, Sossego e Voisey’s Bay, seguindo o ramp-up de Salobo 3 e das minas subterrâneas de Voisey’s Bay.

A produção de níquel, por sua vez, totalizou 43,9 mil t, 11% (4,4 mil t) maior a/a, refletindo principalmente o aumento da produção em Onça Puma, após a reforma do forno no 1T24, e o melhor desempenho dos ativos no Canadá, impulsionado ainda mais pelo ramp-up de VBME.

Fonte: Revista Brasil Mineral

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06/04/2025 22:19h

Ferramenta do Governo Federal permitiu evacuações preventivas em municípios como Angra dos Reis, Guapimirim, Petrópolis, Duque de Caxias (RJ) e Mimoso do Sul (ES)

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Tecnologia e ações coordenadas têm sido aliadas importantes para enfrentar as chuvas intensas no Sudeste do país. Com o apoio do sistema Defesa Civil Alerta, coordenado pelo Governo Federal, municípios como Angra dos Reis, Petrópolis e Mimoso do Sul conseguiram realizar evacuações preventivas. 

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, por meio da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil tem atuado de forma estratégica e emergencial para minimizar os impactos e proteger a população. 

O secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, que já está no Rio de Janeiro para coordenar os trabalhos junto às defesas civis estadual e municipais, destacou que a atuação do Governo Federal começou antes mesmo das primeiras chuvas. “Desde o dia 1º de abril, quando os meteorologistas deram o alerta de chuvas extremas, o Cenad elevou o nível de atenção para o estado. No dia 3, reunimos mais de 250 técnicos das defesas civis estadual e municipais do Rio de Janeiro para planejar a resposta ao evento climático que se aproximava”

Em Guapimirim, na Baixada Fluminense, o subsecretário da Defesa Civil, Matheus Lopes, destacou a importância da tecnologia do Defesa Civil Alerta na evacuação de um bairro inteiro na Serra dos Órgãos, antes que quatro grandes deslizamentos atingissem a região. O sistema envia mensagens de SMS com alertas e orientações da Defesa Civil para prevenir e proteger a população em situações de risco, como chuvas intensas e deslizamentos. “O sistema foi fundamental para alertar a população de forma imediata. Quem recebeu a mensagem já começou a se preparar para sair. Isso reduziu muito a resistência e permitiu uma evacuação quase total.”

Segundo o Relatório Diário de Monitoramento do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), divulgado na noite de domingo (6), o estado do Rio de Janeiro registra 455 pessoas desalojadas e 57 desabrigadas. Só na cidade de Angra dos Reis são 382 pessoas desalojadas, com 37 pontos de apoio e abrigos em funcionamento. 

Para saber mais sobre as ações de Proteção e Defesa Civil, acesse www.mdr.gov.br.

 

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13/12/2024 01:18h

A CSN reviu o CAPEX para mineração de um patamar de R$ 15,3 bilhões no período de 2023-2028 para um patamar de R$ 13,2 bilhões no período de 2025-2030

A CSN informou aos acionistas e ao mercado em geral sobre as novas projeções sobre vendas, produção, CAPEX e Ebitda, por exemplo. A empresa reviu o CAPEX na siderurgia de aproximadamente R$ 7,9 bilhões no período de 2023-2028 para R$ 8,0 bilhões até 2028, relativos à modernização do parque industrial, com potencial de gerar até R$ 2,8 bilhões de EBITDA incremental até 2030. A substituição da projeção de volume de produção e compras de minérios de terceiros para um patamar entre 42,0-43,5 milhões de toneladas em 2025, 43,5-47,5 Mton nos anos de 2026 e 2027, 50-55 Mton em 2028, 55-60 Mton em 2029 e 60-65 Mton em 2030, enquanto a projeção de custo C1 da mineração foi revisto para um patamar entre US$ 21,5/ton e US$ 23,0/ton em 2025.

A CSN reviu o CAPEX para mineração de um patamar de R$ 15,3 bilhões no período de 2023-2028 para um patamar de R$ 13,2 bilhões no período de 2025-2030, relativos à fase 1 do projeto de adição de capacidade, além da substituição da projeção de CAPEX de expansão no segmento de cimentos de R$ 5 bilhões para R$ 7,7 bilhões em crescimento orgânico, adicionando um total de 9 milhões de toneladas/ ano. A projeção de volume de vendas de cimentos ficou em14 milhões de toneladas em 2024.

A companhia atualizou a projeção do EBITDA na Transnordestina, que pode gerar até R$ 3,8 bilhões, com o início das operações estimado para começar em 2027. A substituição da projeção de CAPEX Consolidado de R$ 6,0 bilhões em 2024 e um intervalo de R$ 6,0 a R$ 7,0 bilhões no período de 2025 – 2028 para o novo patamar de R$ 5,3 bilhões em 2024 e de R$ 5,0 a R$ 6,0 bilhões em 2025, além da alavancagem, medida pelo indicador Dívida Líquida/EBITDA Ajustado, de um patamar de 2,50x no fechamento do balanço anual de 2024 para uma meta abaixo de 3,0x em 2025. A CSN fez nova projeção também para Sensibilidade do EBITDA Consolidado em 2028 para um EBITDA potencial e incremental de R$ 9,3 bilhões após a maturação dos projetos em curso.

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27/09/2024 02:05h

O euro também teve queda e fechou em R$ 6,08

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O preço do dólar está cotado a R$ 5,44 após recuo de 0,59% no último fechamento. Segundo os economistas, o valor do último fechamento reverteu os ganhos da véspera e reflete um comportamento global da moeda norte-americana. O motivo é que a expectativa de novos estímulos à economia da China impulsionaram o preço do minério de ferro e, por consequência, das moedas ligadas às commodities, como o real.

Nesta quinta-feira (26), o Politburo chinês — que é a mais alta instância do Partido Comunista da China — disse que fará o “estímulo fiscal necessário” para que o Produtor Interno Bruto (PIB) chinês cresça 5%, que é a meta estabelecida pelo governo para 2024.

Uma vez que o Brasil é um grande exportador de commodities para a China, qualquer fato que aconteça em relação à expansão da economia chinesa reflete no dólar para os brasileiros.

Já o euro comercial também teve queda e fechou em R$ 6,08. As cotações são da companhia Morningstar

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04/08/2024 00:04h

O município vai recorrer da decisão. A área estava interditada desde maio de 2024

A Justiça Federal derrubou, dia 29 de julho, a decisão que proibia a Mineração Pau Branco LTDA (Empabra) de operar na Serra do Curral, em Belo Horizonte (MG). A empresa havia sido proibida por uma determinação em processo, onde a Prefeitura de Belo Horizonte denunciou suposta extrapolação da empresa sobre medidas emergenciais recomendadas pela Associação Nacional de Mineração (ANM) em relação à Mina do Corumi. O município vai recorrer da decisão. A área estava interditada desde maio de 2024 após fiscais ambientais da Prefeitura identificarem “indícios de que ocorria atividade de mineração no local”.

Como a atividade ocorria em área tombada pelo município, a Prefeitura afirmou que cabia ao Executivo realizar o poder de polícia para evitar atos danosos, ilegais e inconstitucionais. Entretanto, o juiz federal Robson de Magalhães Pereira determinou a volta das atividades ao explicar que o pedido da Prefeitura mineira não é "razoável e proporcional". Segundo o juiz, uma fiscalização estadual na área não encontrou indícios "de extração de minério na Mina Granja Corumi ou de atividade irregular no local".

A Agência Nacional de Mineração (ANM) informou que a Empabra cumpriu todas as exigências realizadas pela agência, e que não constatou o lançamento de poluentes ou degradação ambiental na área, não havendo indícios de lavra ilegal ou atividades não autorizadas. "A única atividade em curso era a retirada do material depositado na área, com o objetivo de estabilizar os taludes e cessar a fonte de possíveis carregamentos de sedimentos”, disse à ANM.

O juiz afirmou ainda que a não retirada do material depositado no local poderá gerar danos ambientais, especialmente com a chegada do período chuvoso. Diante disso, o magistrado determina que o Executivo municipal se abstenha de realizar medidas que impeçam o cumprimento às medidas emergenciais definidas pela ANM. Questionada, a PBH disse que vai recorrer da decisão.

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18/04/2024 11:19h

As vendas somaram 63,826 milhões de toneladas de minério de ferro no primeiro trimestre de 2024, um aumento de 14,7% comparado com o mesmo trimestre de 2023

A Vale registrou vendas de 63,826 milhões de toneladas de minério de ferro no primeiro trimestre de 2024, um aumento de 14,7% comparado com o mesmo trimestre de 2023, impulsionado pela melhoria consistente em suas operações. Já as vendas de cobre somaram 76,8 mil t entre janeiro e março, um aumento de 22,5% em relação a um ano antes. O projeto Salobo 3 atingiu aproximadamente 90% de taxa média de processamento no trimestre, enquanto as vendas de níquel atingiram 33,1 mil t nos três primeiros meses de 2024 e caíram 17,5% no trimestre.

A produção de minério de ferro totalizou 70,8 milhões de toneladas, 6% a mais em relação ao primeiro trimestre de 2023, devido ao melhor desempenho operacional no S11D, à continuidade das iniciativas de confiabilidade dos ativos e ao aumento das compras de terceiros.

A produção de pelotas totalizou 8,5 milhões de toneladas, aumentando 2% na comparação com os três meses iniciais de 2023, impulsionada pela maior disponibilidade de pellet feed.

A produção de cobre totalizou 81,9 mil t, 22% superior na comparação anual, impulsionada pela continuação do sólido ramp-up da planta de Salobo 3, bem como pelo melhor desempenho operacional das plantas de Salobo 1 e 2. A produção de níquel totalizou 39,5 mil t, redução de 4%, refletindo principalmente a reforma do forno de Onça Puma, parcialmente compensada pelo melhor desempenho das operações do Canadá e da Indonésia.

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Brasil Mineral
08/01/2024 11:15h

Simandou produzirá até 100 milhões de toneladas de minério de ferro de alto teor

A Metso recebeu um pedido do WCS (Winning Consortium Simandou) consórcio que controla os blocos 1 e 2 do projeto de minério de ferro Simandou, na Guiné, para fornecimento de 16 britadores secundários e terciários Nordeberg HP 900, no valor de 10 milhões de euros. O fornecimento será feito pela Metso China.

O WCS é uma coalizão de empresas, incluindo o Winning International Group de Cingapura, o Shandong Weiqiao Group da China e a United Mining Supply International (UMS). O Consórcio detém os direitos de mineração dos Blocos 1 e 2 de Minério de Ferro de Simandou, com reservas de minério de ferro totalizando 1,8 bilhão de toneladas, com teor de ferro superior a 65,5%. A expectativa é que o projeto inicie operação por volta de 2026 ou 2027 e o tempo de vida útil previsto é de 25 anos. Os blocos 3 e 4 de Simandou serão explorados pela Rio Tinto Simfer, a qual anunciou que está iniciando a implantação do seu empreendimento. A expectativa da Rio Tinto, juntamente com a chinesa Chinalco, da qual é sócia, é investir algo em torno de US$ 6,2 bilhões no empreendimento.

O Projeto Simandou consiste de uma mina de ferro a céu aberto na cordilheira de Simandou, no sudeste da Guiné, a aproximadamente 600 km da costa guineense, com uma capacidade potencial estimada em até 100 milhões de toneladas por ano, localizada a leste da cidade de Kérouané; a construção de uma ferrovia de 600 km, para ligar Simandou à costa guineense e de novas instalações portuárias para exportar o minério de ferro. Para a primeira fase, a WCS planeia construir instalações portuárias no estuário do rio Morébayah, perto de Senguelen, na província de Forecariah, para carregar minério de ferro em barcaças e depois em grandes navios oceânicos através dos seus terminais de transbordo de alta capacidade no mar. Posteriormente, está previsto um novo porto de águas profundas, numa segunda fase.

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07/12/2023 10:00h

Desse total, US$ 2,0 a US$ 2,5 bi serão para projetos de crescimento e US$ 4,0 a US$ 4,5 bi para manutenção das operações existentes

De acordo com estimativa divulgada ao mercado, a Vale poderá investir aproximadamente US$ 6,5 bilhões em Capex no ano de 2024, sendo US$ 3,5 a US$ 4,0 bilhões em soluções para siderurgia e US$ 2,5 a US$ 3,0 em metais para transição energética. Desse total, US$ 2,0 a US$ 2,5 bilhões serão para projetos de crescimento e US$ 4,0 a US$ 4,5 bilhões para manutenção das operações existentes.

A empresa também estimou a produção de minério de ferro para 2024 entre 310 e 320 milhões de toneladas, que evoluirá para 340-360 milhões t em 2026 e acima de 360 milhões t em 2030. Já a produção de pelotas e briquetes se situará entre 38 e 42 milhões t no próximo ano, evoluindo para 50-55 milhões t em 2026 e aproximadamente 100 milhões t em 2030. A produção de níquel, por sua vez, deve ficar entre 160 e 175 mil t em 2024, indo para 210-230 mil t em 2026 e situando-se acima de 300 mil t em 2030. Quanto ao cobre, a Vale prevê alcançar uma produção de 320-355 mil t em 2024, evoluindo para 375-410 mil t em 2026 e mais de 900 mil t em 2030. A empresa não detalhou, no entanto, como será obtido esse aumento de produção.

Quanto ao prêmio para o minério de ferro, a Vale está otimista, prevendo um nível de 8 a 12 dólares por tonelada em 2026 e acima de 18 dólares por tonelada em 2030. Já o custo caixa C1 do minério de ferro poderá cair para menos de 20 dólares por tonelada em 2026, contra uma média de 22,5 dólares por tonelada em 2023 e de 21,5 a 23 dólares/t em 2024. O custo All In de minério de ferro, que ficou em cerca de 52 dólares/t em 2023, deve cair para 45 dólares/t em 2026.

O Ebitda (lucro antes de impostos e taxas) projetado para 2026 deve variar entre US$ 15,2 bilhões e US$ 31,0 bilhões, considerando-se as seguintes premissas:  (a) média anual de preço do minério de ferro (referência de 62% de Fe) variando de US$ 90/t até US$ 130/t; (b) média anual de preço do níquel (LME) variando de US$/t 16.000/t até US$ 24.000/t; (c) média anual de preço do cobre (LME) variando de US$ 7.000/t até US$ 11.000/t.

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02/12/2023 19:30h

Vale cria empresa para comercializar areia de rejeitos de minério

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Desde 2021, a Vale, maior mineradora do Brasil, já destinou 900 mil toneladas de areia sustentável ao setor de construção civil e a projetos de pavimentação rodoviária. Foram necessários sete anos de pesquisa para a criação da Agera, empresa específica de comercialização da areia produzida a partir do tratamento dos rejeitos gerados pelas operações de minério de ferro da Vale. Agora, a expectativa é distribuir 1 milhão de toneladas ainda neste ano e 2,1 milhões de toneladas em 2024. 

Atualmente, são sete pontos de atendimento ao cliente e há estoque de material em dois estados: Minas Gerais e Espírito Santo. Mais de 80 fábricas de sete segmentos diferentes são atendidas pela empresa. Para a logística, são necessárias sete transportadoras rodoviárias e três fornecedores de frete ferroviário.

O CEO da Agera, Fábio Cerqueira, diz que a empresa nasceu para atender as necessidades do mercado. “Estamos estruturados para acelerar o desenvolvimento de produtos e materiais sustentáveis, atendendo às especificidades que o mercado exige. Além disso, nossas soluções logísticas permitem uma eficiência de ponta a ponta para garantir a agilidade no fornecimento da areia sustentável”, afirma.

O volume ainda é inexpressivo, se comparado aos cerca de 47 milhões de toneladas de rejeitos produzidos pela Vale em 2022, mas a expectativa com o lançamento da companhia é ampliar esses números nos próximos anos. 

Os rejeitos da Vale, que podem ser dispostos em barragens ou em pilhas, são gerados a partir do processamento a úmido do minério de ferro e são compostos basicamente de sílica — principal componente da areia — e óxidos de ferro. Estima-se que de 70% a 80% do material enviado à barragem é arenoso. As pesquisas para reaproveitamento da areia e redução de rejeitos acontecem desde 2014 e a Agera continua investindo em estudos e desenvolvimento de novas soluções. 

O diretor da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa Mineral (ABPM), Luiz Antônio Vessani, comenta os pontos positivos da iniciativa.  “Eu acho que é muito bom para o meio ambiente, que pode ser bom para a construção civil, na medida que vai gerar um insumo controlado, de qualidade e, talvez, com um custo menor”, observa.

Para cada tonelada, a companhia deixa de depositar também uma tonelada de rejeitos em suas barragens. A expectativa é atingir, em 2025, 3 milhões de toneladas.

Mercado 

O setor mineral é responsável por 4% do PIB nacional. No primeiro semestre de 2023, registrou alta de 6% no faturamento em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando R$ 120 bilhões. As exportações minerais brasileiras alcançaram US$ 19,85 bilhões e 177,2 milhões de tonelada. Só do minério de ferro foram US$ 13,7 bilhões e quase 170 milhões de toneladas exportadas de acordo com o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).  

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