Indústria

26/04/2025 00:44h

Queda também foi observada em quatro regiões em relação a março no Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) Setorial

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Os resultados do Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) Setorial, divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) na última sexta-feira (25), apontam que a confiança da indústria caiu de forma generalizada em abril. Em relação a março, o indicador caiu em 15 dos 29 setores industriais considerados pelo levantamento, em quatro regiões do país e entre todos os portes de empresas.

A Região Sudeste teve a maior queda entre todas as regiões brasileiras, de 1,3 ponto, com impacto significativo no resultado nacional do ICEI. A região atingiu o menor nível de confiança da indústria desde junho de 2020. Com isso, em abril, a confiança da indústria do Sudeste recuou para 45,9 pontos.

Além da Região Sudeste, a confiança também caiu no Nordeste (-0,6 ponto), Norte (-1,1 ponto) e Centro-Oeste (-0,8 ponto), em todos os portes de empresa industrial (pequeno, médio e grande). No Sul, a confiança da indústria ficou praticamente estável (+0,2 ponto).

Segundo o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, a percepção de piora nos negócios e na economia brasileira justificam a queda de confiança generalizada no setor industrial.

“As empresas estão percebendo uma piora nas condições de seus negócios, uma piora na economia brasileira como um todo. E quando se fala das expectativas, olhando para frente, elas veem uma piora das expectativas com relação à empresa e também com relação à economia brasileira ”, explica Marcelo Azevedo.

Recorte setorial 

Apesar do índice ter diminuído em 15 dos 29 segmentos da indústria, aumentou em 13 e não mudou em um. Dessa forma, cinco setores industriais saíram de um estado de confiança para um estado de falta de confiança, enquanto três fizeram o caminho inverso.

Confira os setores que se tornaram pessimistas:

  • Obras de infraestrutura;
  • Produtos químicos (exceto perfumaria, limpeza etc.);
  • Equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos;
  • Máquinas e materiais elétricos;
  • Manutenção e reparação.

Confira os setores menos confiantes:

  • Produtos de minerais não-metálicos; 
  • Madeira; 
  • Vestuário e acessórios; 
  • Serviços especializados para a construção.

O balanço final de abril revela que empresários de 23 setores estão pessimistas, enquanto os representantes de apenas seis segmentos estão otimistas, sendo extração de minerais não metálicos, bebidas, calçados e suas partes, biocombustíveis, farmoquímicos e farmacêuticos e de veículos automotores.

Outro resultado negativo do ICEI foi que em abril de 2025 a confiança da indústria caiu em todos os portes de empresa. Com a queda, as indústrias de grande porte migraram de um estado de confiança para falta de confiança. É a primeira vez desde janeiro de 2023 que as grandes indústrias registram falta de confiança.
 

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25/04/2025 01:54h

Alta carga tributária é a principal preocupação dos empresários, seguida da taxa juros que tende a subir ainda mais este ano

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A indústria brasileira iniciou 2025 sob pressão. A demanda interna insuficiente ganhou destaque entre os principais desafios enfrentados pelos empresários, segundo a Sondagem Industrial divulgada esta semana pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O problema, que ocupava a quinta posição no fim de 2024, agora divide o segundo lugar com as elevadas taxas de juros, atrás apenas da alta carga tributária — apontada por 33,3% dos entrevistados.

De acordo com Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI, a retração da demanda é reflexo direto do aperto monetário e da redução dos gastos públicos. “A demanda é o motor da atividade industrial. Quando ela enfraquece, o empresário hesita em investir, contratar e produzir”, explica.

Além dessas questões, a falta ou alto custo de mão de obra qualificada (22,4%) e de matérias-primas (21,3%) também figuram entre os cinco principais entraves para o setor. Os dados ainda apontam um agravamento das condições financeiras das empresas. O índice de satisfação com a situação financeira caiu para 48,8 pontos, abaixo da linha dos 50 pontos, sinalizando uma percepção negativa. A dificuldade de acesso ao crédito também aumentou, com o indicador recuando para 40,4 pontos.

Desempenho da atividade industrial

O desempenho da atividade industrial, que vinha em ritmo positivo nos primeiros meses do ano, registrou recuo em março. O índice de evolução da produção caiu para 49 pontos, indicando retração. Situação semelhante foi registrada no emprego industrial, com o índice fechando março em 49,2 pontos — ambos os piores resultados para o mês desde 2020.

Apesar das dificuldades, os empresários seguem com expectativas positivas para os próximos meses. As projeções para demanda, exportações, contratações e compras de insumos continuam acima da linha dos 50 pontos, embora com leve recuo em relação a março. Já a intenção de investir diminuiu pelo segundo mês seguido, atingindo 56,4 pontos.

A pesquisa ouviu 1.522 empresas entre os dias 1º e 10 de abril, sendo 608 de pequeno porte, 538 médias e 376 grandes. O levantamento traz um retrato preocupante do cenário industrial, que, embora mantenha o otimismo com o futuro, sente os efeitos imediatos da combinação de juros altos, carga tributária elevada e demanda fraca.

 

 

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25/04/2025 01:48h

De acordo com a Confederação, foi verificada uma redução de 2,4% para 2,3% na projeção de crescimento do PIB em 2025

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A economia brasileira aponta sinais de desaceleração desde o fim de 2024. É o que revela o Informe Conjuntural do 1º trimestre, divulgado nesta quinta-feira (24) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com o levantamento, apesar de o Produto Interno Bruto (PIB) do país ter aumentado 0,2% no 4º trimestre do ano passado, houve um recuo frente aos trimestres anteriores.

Foi verificada uma redução de 2,4% para 2,3% na projeção de crescimento do PIB em 2025. Esse seria o menor crescimento da economia do Brasil nos últimos cinco anos. O quadro representaria um recuo de 1,1 ponto percentual, na comparação em relação ao resultado do PIB de 2024. 

Setores afetados

Entre os setores produtivos, a indústria teve o melhor resultado, com alta de 0,3%, na comparação com o 3º trimestre do ano passado. O PIB de serviços, por sua vez, aumentou somente 0,1%. Trata-se da menor taxa de crescimento trimestral do setor desde o 2º trimestre de 2021. Já o PIB da agropecuária caiu 2,3%. 

Pelo lado da demanda, o consumo das famílias recuou 1%. Além disso, os investimentos subiram 0,4% em relação ao 3º trimestre de 2024. Mesmo com a alta, o resultado representa uma desaceleração ante às taxas dos trimestres anteriores, quando todas foram superiores a 2%.

Segundo o diretor de Economia da CNI, Mário Sérgio Telles, a produção industrial andou de lado no primeiro bimestre. Segundo ele, houve uma estabilidade em janeiro, com um leve salto de 0,1% em fevereiro. 

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“O mesmo acontece com o setor de serviços, que cresceu apenas 0,2% em fevereiro frente a dezembro. O comércio está um pouco melhor por causa de algumas peculiaridades, principalmente por uma base de comparação fraca”, destaca.

A CNI estima que o crédito cresça apenas 6,5% neste ano, contra 10,6% em 2024. Além disso, o estímulo fiscal também deve perder força, com os gastos públicos crescendo só 2%, menos da metade do registrado no ano anterior. O mercado de trabalho, embora ainda positivo, também se mostra menos dinâmico.

Juros

Com a alta da inflação, que chegou a 5,5% no acumulado em 12 meses até março deste ano e diante da piora das expectativas para esse indicador, o Banco Central decidiu prolongar o ciclo de aperto monetário, com elevação da taxa de juros para 14,25% ao ano. 

Com isso, a Confederação acredita que o Banco Central vai elevar a Selic em meio ponto percentual na próxima reunião e manter os juros em 14,75% até o fim do ano. Essa movimentação deve fazer com que 2025 encerre com a taxa de juros real em 9,8% ao ano, ante os 7% no mesmo período registrados em 2024.
 

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16/04/2025 00:01h

Os resultados negativos do primeiro bimestre foram puxados, principalmente, pelo desempenho fraco registrado em fevereiro

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O mais recente Relatório de Acompanhamento Conjuntural do setor químico, referente ao primeiro bimestre de 2025, revela um cenário de desaceleração em todas as variáveis mais relevantes. De acordo com os dados, divulgados pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), a produção e as vendas internas de químicos de uso industrial apresentaram quedas de 5,6% e 0,8%, respectivamente. Já a demanda nacional recuou 4%.

No que diz respeito à utilização da capacidade instalada, o setor operou a somente 60%. O resultado corresponde a cinco pontos percentuais abaixo da média de 65% registrada no mesmo período do ano passado. Trata-se do menor nível médio de operação desde 1990

Já em relação aos grupos de produtos químicos analisados, alguns registraram níveis de ociosidade ainda mais elevados do que a média geral. No caso de intermediários para fertilizantes, a taxa foi de 44%. Quanto aos intermediários para plásticos, o índice foi de 48%, enquanto dos intermediários para fibras sintéticas, de 41%.

Aumento de preços

De acordo com o levantamento, o Índice Geral de Preços analisado pela Abiquim contou com um salto de 5,1% nos produtos químicos, no primeiro bimestre deste ano. Levando em conta a inflação, os preços reais desses produtos aumentaram 3,6% entre janeiro e fevereiro.

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Na comparação com 2024, os preços reais em dólar estão 11,3% mais altos. Já em relação ao euro, a elevação foi de 11,2%. Esse cenário é provocado pela desvalorização das duas divisas internacionais em relação ao real – com queda de 5,5% para ambas as moedas.

Fevereiro 'catastrófico'

Os resultados negativos do primeiro bimestre foram puxados, principalmente, pelo desempenho fraco registrado em fevereiro. No segundo mês do ano, a produção caiu 10,1% em relação a janeiro, ao passo que as vendas internas recuaram 4,5%. A diminuição na demanda em fevereiro foi causada, em grande parte, pela redução de 26,8% no volume de importações dos produtos analisados.
 

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01/04/2025 19:00h

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) Setorial indica que cinco setores da indústria migraram de um estado de confiança para falta dela, como o de veículos automotores e biocombustíveis, por exemplo

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Um levantamento divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), no dia 31 de março, revela que o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) Setorial caiu em 19 de 29 setores entre fevereiro e março. O estudo aponta, ainda, que o indicador também recuou nas pequenas empresas e nas regiões Sul e Nordeste.

O ICEI varia de 0 a 100 pontos, sendo que valores acima de 50 pontos indicam confiança do empresário. Em contrapartida, valores abaixo de 50 demonstram falta de confiança do empresário.

Entre os setores menos confiantes estão: vestuário e acessórios (44,2), madeira (45,5), produtos de minerais não-metálicos (45,8) e de produtos de metal (46,5).
O resultado demonstra que cinco setores da indústria migraram  de um estado de confiança para um estado de falta de confiança. Confira quais foram estes segmentos:

  • Veículos automotores;
  • Impressão e reprodução;
  • Calçados e suas partes;
  • Couros e artefatos de couro;
  • Biocombustíveis.

Porém, outros três setores fizeram movimento contrário, da ausência de confiança para a confiança. Estes segmentos foram: equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos; Máquinas e materiais elétricos; e Obras de infraestrutura.

Conforme o levantamento, o número de setores industriais confiantes caiu de 10 em fevereiro para 8 em março. Já o total de setores com falta de confiança subiu de 18 para 21 no período.

Entre os setores mais confiantes estão: Farmoquímicos e farmacêuticos (59,3), Manutenção e reparação (52,1), Equip. de informática, eletrônicos e ópticos (51,8) e Máquinas e materiais elétricos (51,7). 

Recuo do ICEI nas pequenas empresas

Considerando o fator por porte da empresa, o ICEI caiu 1 ponto entre as pequenas indústrias. Sendo assim, passou de 47,5 para 46,5. De acordo com o levantamento, esse movimento indica que o pessimismo dos empresários aumentou. Além disso, foi observado que há falta de confiança entre os empresários das médias empresas, considerando que o índice permaneceu em 48,7 pontos, abaixo da linha divisória de 50 pontos.

Já entre as grandes indústrias, o indicador ficou praticamente estável, com registrando - 0,2 pontos. Agora, o indicador registra 50,3 pontos. Conforme o estudo, isso demonstra otimismo dos empresários.

No recorte por região geográfica, a confiança da indústria caiu 1,3 ponto no Sul e 1,2 no Nordeste. Já no Sudeste não mudou. Porém, aumentou 2,3 pontos nas empresas do Norte e 0,9 nas do Centro-Oeste.

De acordo com a publicação, os resultados do ICEI de março provocam alterações no quadro geral de confiança, que continua igual ao observado em fevereiro. Dessa maneira, os empresários do Sul e do Sudeste estão pessimistas, enquanto os do Centro-Oeste, do Norte e do Nordeste estão otimistas. 

ICEI Setorial

Nesta edição do ICEI Setorial, a CNI consultou 1.764 empresas, sendo 699 de pequeno porte; 654 de médio porte; e 411 de grande porte. A pesquisa foi realizada entre os dias 6 e 17 de março de 2025.
 

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22/03/2025 00:05h

A taxa básica de juros subiu de 13,25% para 14,25%. Trata-se do maior patamar desde 2016

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O aumento de um ponto percentual da taxa básica de juros (Selic) não é necessário para controlar a inflação e vai comprometer o ritmo de crescimento da economia. A avaliação é da Confederação Nacional da Indústria (CNI). 

Segundo o presidente da entidade, Ricardo Alban, o atual nível da Selic implica taxa de juros real de 8,5% ao ano. Para ele, esse patamar já tem causado impacto significativo na economia, com uma desaceleração mais aguda do que a prevista, o que já seria suficiente para controlar a inflação.

A elevação da Selic foi anunciada na última quarta-feira (19) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. A taxa básica de juros subiu de 13,25% para 14,25%. Trata-se do maior patamar desde 2016.

Conforme informações disponibilizadas pela CNI, com base na pesquisa Focus, do Banco Central, a inflação projetada para os próximos 12 meses passou de 5,49% para 5,23%. O principal motivo da alteração foi o PIB do último trimestre do ano passado, que cresceu significativamente abaixo do esperado.

A Confederação também considera que “o aperto monetário em curso já se traduz em aumento efetivo da taxa de juros dos tomadores de crédito. E, para a entidade, “juros mais altos significam crédito mais caro para as empresas e os consumidores. 

Em relação às empresas, há uma inviabilidade de investimentos que dificulta o acesso a recursos de capital de giro. Com isso, as companhias crescem menos e criam menos empregos.

Por fim, a desaceleração da atividade econômica tende a ser potencializada pelo menor ritmo de expansão da política fiscal e pela desaceleração do mercado de trabalho em 2025.

2025 traz sinais desfavoráveis para indústria, comércio e serviços

Ainda de acordo com a CNI, a desaceleração da atividade econômica ficou mais forte no quarto trimestre de 2024, uma vez que a economia cresceu somente 0,2% em relação aos três meses anteriores. Além disso, foi registrado um recuo de 1% no consumo das famílias – o que não era percebido desde o segundo trimestre de 2021.

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A Confederação destaca, ainda, que os primeiros dados de 2025 “não são animadores.” Depois de acumular queda de 1,2% entre outubro e dezembro do ano passado, a produção industrial se estagnou em janeiro de deste ano, na comparação com o último mês de 2024.

Já o volume de serviços teve uma redução de 0,2%, na mesma base de comparação. As vendas do comércio varejista restrito, por sua vez - que leva em conta vendas de automóveis e materiais de construção – registrou recuo de 0,1%, no mesmo período analisado.

Para a CNI, “esses dados do PIB, indústria, comércio e serviços evidenciam a forte desaceleração que está em curso na economia brasileira.”
 

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16/03/2025 09:00h

Segundo Pedro Lupion (PP-PR), a medida pode provocar o colapso da cadeia produtiva do produto sem apresentar “qualquer benefício real ao consumidor”

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A determinação do governo federal de zerar a alíquota de importação da sardinha em conserva pode significar uma ameaça à indústria pesqueira do Brasil. Além disso, a decisão pode acabar com mais de 30 mil empregos diretos. A informação consta em publicação da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). 

Segundo o presidente do colegiado, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), a medida pode atrair consequências, como o colapso da cadeia produtiva do produto, sem apresentar “qualquer benefício real ao consumidor.” 

Atualmente, a sardinha em conserva corresponde a 75% do faturamento do setor pesqueiro no país. Até então, a importação do produto era taxada em 32%, o que garantia proteção ao setor industrial brasileiro contra a concorrência predatória de países asiáticos. 

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Com a isenção, os consumidores podem abandonar a produção nacional e fazer a troca por importações, o que causará impacto direto na frota pesqueira e na renda dos trabalhadores da área, de acordo com a FPA.

Estados mais afetados

Para o colegiado, os estados mais afetados com a medida são Santa Catarina, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Essas unidades da federação respondem por 90% da produção nacional. A projeção é de que 25 mil empregos diretos e outros 42 mil indiretos estejam em risco.

Em meio a esse contexto, Lupion afirma que a inflação da sardinha em conserva foi de somente 1,12% no ano passado, enquanto a inflação geral do Brasil ficou em 4,83%. Na avaliação do presidente da FPA, “o governo está destruindo empregos e fragilizando a economia sem nenhum ganho real para o consumidor”, destaca.

Alternativas 

Diante desse cenário, a FPA apresentou três medidas emergenciais como alternativas para evitar prejuízos à indústria brasileira, além de garantir preços acessíveis ao consumidor. São elas:

  • Manutenção da alíquota de 32% para sardinhas em conserva na Lista de Exceção da Tarifa Externa Comum (LETEC);
  • Inclusão da sardinha em conserva na cesta básica da reforma tributária, reduzindo custos para a indústria e para os consumidores;
  • Manutenção da alíquota zero para a sardinha congelada, beneficiando diretamente os produtores nacionais.

Confira a lista de outros produtos com redução de tarifas

  • Carnes desossadas de bovinos, congeladas (passou de 10,8% a 0%)
  • Café torrado, não descafeinado (exceto café acondicionado em capsulas) (passou de 9% a 0%)
  • Café não torrado, não descafeinado, em grão (passou de 9% a 0%)
  • Milho em grão, exceto para semeadura (passou de 7,2% a 0%)
  • Outras massas alimentícias, não cozidas, nem recheadas, nem preparadas de outro modo (passou de14,4% a 0%)
  • Bolachas e biscoitos (passou de 16,2% a 0%)
  • Azeite de oliva (oliveira) extravirgem (passou de 9% a 0%)
  • Óleo de girassol, em bruto (passou de 9% a 0%)
  • Outros açúcares de cana (passou de 14,4% a 0%)
     
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15/03/2025 00:03h

No ano passado, a indústria de transformação nacional exportou US$ 31,6 bilhões em produtos para os Estados Unidos

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A taxação de 25% imposta pelos Estados Unidos sobre o aço e alumínio exportados pelo Brasil tem causado preocupação para o setor industrial brasileiro. De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a medida, que entrou em vigor no dia 12 de março, afeta a competitividade do setor produtivo. 

Entre as principais consequências, a entidade aponta impactos negativos quanto à “complementariedade e parceria consolidadas entre as indústrias brasileira e norte-americana.”

O presidente da CNI, Ricardo Alban, lembra que, historicamente, a relação entre os dois países tem valorizado as vantagens competitivas de cada nação. Na avaliação dele, a taxação revela que há uma falta de percepção da complementariedade construída ao longo dos anos. 

“O reposicionamento global dos Estados Unidos nos preocupa. Não temos dúvida de que há um equívoco quanto à relação com o Brasil, principalmente no que tange ao aço e ao alumínio”, destaca. 

De acordo com a CNI, o país norte-americano é o principal parceiro do Brasil nas exportações da indústria de transformação, sobretudo em negociações de produtos com maior intensidade tecnológica, comércio de serviços e investimentos bilaterais. 

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No ano passado, a indústria de transformação nacional exportou US$ 31,6 bilhões em produtos para os Estados Unidos. Além disso, 54% das exportações brasileiras de ferro e aço são para aquele país. 

Em relação ao alumínio, os Estados Unidos são considerados um importante parceiro comercial, uma vez que as exportações brasileiras do metal correspondem a 16,8%, com movimentação de US$ 267 milhões. Quanto ao volume, os Estados Unidos foram o destino de 13,5% das exportações brasileiras de produtos de alumínio. 

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04/03/2025 16:16h

No geral, avaliação apresentou uma recuperação entre as empresas de todos os portes, com um salto de 0,7 ponto nas pequenas e 0,5 ponto nas médias e nas grandes

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Entre janeiro e fevereiro de 2025, a quantidade de setores industriais otimistas aumentou de cinco para dez. É o que revela o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) Setorial, publicado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). 

O índice também apresentou elevação em todas as regiões do Brasil. A maior recuperação ocorreu entre as indústrias do Norte, onde o índice subiu 1,5 ponto. Na sequência aparecem empresas do Centro-Oeste e do Nordeste, com altas de 1,2 ponto e 0,8 ponto, respectivamente. O índice também aumentou nas fábricas do Sul, com salto de 0,6 ponto, e do Sudeste, com aumento de 0,2 ponto.

Apesar do avanço geral, 18 setores ainda estão pessimistas, enquanto um se mostra neutro. De acordo com o levantamento, este mês sete setores migraram de um estado de falta de confiança para um estado de confiança. São eles:

  • Couros e artefatos de couro
  • Calçados e suas partes
  • Impressão e reprodução
  • Biocombustíveis
  • Produtos químicos
  • Veículos automotores
  • Manutenção e reparação

Segundo a especialista em Políticas e Indústria da CNI, Cláudia Perdigão, mesmo com o quadro otimista ainda existe, na percepção do empresário industrial, um cenário de dificuldade. 

“A maior parte dos setores continua ainda abaixo da linha dos 50 pontos, sinalizando que o empresário industrial continua ainda com falta de confiança, continua apresentando alguns sinais de receio com relação ao ambiente econômico. Contudo, esse avanço no mês de fevereiro mostra que a gente pode aguardar então, de repente, uma recuperação nos próximos períodos”, avalia.

Situação das grandes indústrias 

A pesquisa mostra, ainda, que o índice apresentou uma recuperação entre as empresas de todos os portes, com um salto de 0,7 ponto nas pequenas, e 0,5 ponto nas médias e nas grandes. 

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Com a alta, os empresários das grandes empresas saíram de um estado de neutralidade para um estado de confiança, no período analisado. Mesmo com esse avanço, pequenas e médias empresas ainda seguem abaixo da linha divisória de 50 pontos, o que significa que ainda estão sem confiança.
 

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18/02/2025 18:34h

Cooperação prevê estudos, pesquisas e estratégias para dinamizar a indústria

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O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) assinaram, nesta terça-feira (18), um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) para fortalecer a participação da indústria nas políticas públicas de desenvolvimento. A iniciativa busca gerar dados estratégicos que auxiliem na formulação de ações voltadas à dinamização das economias regionais. “Quanto mais próximo estivermos de entidades que nos ajudem a conduzir o processo de interlocução entre os estados e os mais diferentes grupos que empreendem, mais possível será acertar as decisões de políticas públicas”, destacou o ministro Waldez Góes.

A parceria assinada por Waldez Góes e o presidente da CNI, Ricardo Alban, prevê a geração de dados que assegurem a geração de produtos voltados para a inserção da indústria nas políticas de desenvolvimento do país. “Quando dialogamos com a indústria, estamos dialogando com a sociedade, com os trabalhadores, com a geração de oportunidades, com a experiência vivida de projetos bem-sucedidos e que, às vezes, também sofrem desencontros porque não estão se comunicando mais intensamente com a política pública”, comentou Góes.

Com duração de quatro anos, o ACT envolverá a produção conjunta de estudos, pesquisas e eventos, além da identificação de projetos de interesse mútuo. Também prevê a troca de informações entre a CNI e o governo federal para o levantamento de dados e a construção de inteligência sobre temas que relacionem a área de atuação das duas entidades. “O nosso objetivo com esse acordo é tornar a indústria cada vez mais catalisadora do desenvolvimento regional. Os dados levantados vão permitir medidas como políticas públicas e contribuições para alterações legislativas relevantes para a maior integração de nosso país, especialmente para fortalecer as regiões Norte e Nordeste”, compartilha Ricardo Alban.

A frente da coordenação dessa união, a secretária Nacional de Políticas de Desenvolvimento Regional e Territorial, Adriana Melo, explica que a indústria consegue mobilizar setores e fazer o encadeamento produtivo, dinamizando economias e incluindo cada vez mais parcelas da sociedade nesse processo. “No âmbito do novo plano de governo da Nova Indústria Brasil, queremos trabalhar junto com a CNI o papel da indústria no desenvolvimento regional, como setores industriais podem dinamizar regiões que muitas vezes são estagnadas no processo produtivo. Trabalharemos temas inovadores como a bioeconomia, as energias renováveis, e os potenciais produtivos da área de influência do Projeto de Integração do São Francisco, o PISF”, revela a gestora.

Os seis eixos que serão trabalhados a partir desse acordo são:

Eixo 1: INFRAESTRUTURA – Desenvolvimento produtivo com foco na indústria na área do entorno do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF);

Eixo 2: CEIS – Construção de bases de dados, análises e estudos para contribuir com o desenho de instrumentos para o desenvolvimento regional no tema do Complexo Econômico e Industrial da Saúde (CEIS);

Eixo 3: BIOECONOMIA – Construção de agenda de investimentos baseados em potenciais empreendimentos industriais a partir dos recursos com base na bioeconomia, nas regiões prioritárias da PNDR;

Eixo 4: FUNDOS – Incremento do uso dos Fundos Constitucionais de Financiamento (FNE, FNO e FCO) pela indústria;

Eixo 5: ECONOMIA CIRCULAR – Levantamento de oportunidades para a indústria na regionalização de programas e regulações públicas sobre economia circular;

Eixo 6: TRANSIÇÃO E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA – Levantamento de oportunidades para a indústria na regionalização de programas e regulações públicas sobre energias renováveis e suas frentes: transição energética, descarbonização e eficiência energética.

Fonte: MIDR

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