O último Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado no dia 3 de abril, aponta um crescimento do número de hospitalizações em crianças pequenas em vários estados da Região Nordeste, com níveis de incidência de moderados a altos. A publicação destaca que o aumento pode estar associado ao vírus sincicial respiratório (VSR) na Bahia e no Rio Grande do Norte, assim como no Pará, na Região Norte.
O crescimento de SRAG entre crianças de até dois anos, associado ao VSR, com níveis de incidência de moderados a muito altos é observado em estados do Norte, no AC e AP, do Centro-Oeste, no DF e em GO, e no Sudeste, no ES, MG e SP.
A edição também reforça que nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste é observada uma manutenção do aumento das hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na população infantil até 2 anos, associadas principalmente ao VSR. No AC, AP, DF e GO, o crescimento entre crianças de até dois anos está associado ao VSR.
O rinovírus também tem circulado de forma incisiva nas regiões Norte e Centro-Oeste, afetando especialmente crianças e adolescentes na faixa etária de dois aos 14 anos. Os estados afetados são AP, RR, MS e DF.
A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do Boletim InfoGripe, destaca que, considerando o cenário, é importante que pessoas com sintomas de gripe ou resfriado usem máscara ao sair de casa. Bons exemplos são as máscaras N95 ou PFF2.
A pesquisadora afirma que também é essencial usar máscaras em postos de saúde, onde há maior exposição aos vírus respiratórios.
O documento aponta, ainda, que 11 das 27 unidades federativas (UF) apresentam nível de incidência de SRAG em alerta, risco ou alto risco, com sinal de crescimento na tendência de longo prazo até a semana epidemiológica 13, que corresponde ao período entre 23 e 29 de março. As UFs nesta situação são Acre, Amapá, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Rio Grande do Norte e Roraima
Em 2025, já foram notificados 28.036 casos de SRAG, sendo 38,8% testando positivo para algum vírus respiratório. Destes casos, 26,3% eram de vírus sincicial respiratório, 29,7% de rinovírus e 32,8% de Sars-CoV-2 (Covid-19).
A Campanha Nacional contra a Influenza começa oficialmente na segunda, 7 de abril. O Ministério da Saúde começou a distribuir 5,4 milhões de doses de vacinas contra a gripe para todos os estados das regiões Nordeste, Sul, Centro-Oeste e Sudeste.
Conforme a pasta, a previsão é de que a distribuição ocorra até o final de abril, totalizando 35 milhões de doses do imunizante pelo país.
A distribuição começou dia 21 de março, mas a Saúde orientou estados e municípios a iniciarem a aplicação dos imunizantes assim que receberem as doses.
Em relação à influenza, a pesquisadora Portella informa que ainda não foi observado aumento do número de casos graves no país, mas ela afirma que isso deve ocorrer no final de abril. Por este motivo, ela ressalta que é fundamental que todas as pessoas, principalmente as que compõem os grupos de risco, como idosos e crianças, sejam vacinadas.
“Por isso a gente pede para que todas as pessoas dos grupos de risco estejam em dia com a vacinação contra o vírus”, reforça Portella.
O mais recente Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado na última quinta-feira (27/3), alerta para o início da tendência de aumento da circulação dos vírus respiratórios nas próximas semanas. Nas últimas edições, foi apontado o crescimento de casos graves do Vírus Sincicial Respiratório (VSR), especialmente na região Centro-Oeste, com a incidência atingindo níveis altos ou muito altos. O estudo refere-se à Semana Epidemiológica (SE) 12, de 16 a 22 de março.
A pesquisadora Tatiana Portela, do InfoGripe e do Programa de Processo de Computação Científica, informa que se trata de um crescimento sazonal. Além disso, a pesquisadora esclarece que além do VSR, é muito provável que, em breve, haja um aumento do vírus da influenza.
Apesar da sazonalidade, Portela ressalta que estar vacinado é essencial para evitar casos graves. É importante ressaltar que a campanha de vacinação começa no dia 7 de abril.
Conforme a especialista, é importante que todas as pessoas elegíveis busquem um posto de saúde para se vacinar e, assim, preparar o sistema imunológico para enfrentar a temporada de aumento do vírus da influenza que deve ocorrer.
No atual cenário, a análise aponta crescimento de VSR em níveis de incidência moderada na Região Sudeste, principalmente em São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. O Acre também já sinaliza aumento dos casos graves de VSR.
O Boletim aponta que, no agregado nacional, é observado um sinal de aumento na tendência de longo prazo, sendo nas últimas 6 semanas, e de curto prazo, nas últimas 3 semanas. O cenário é atribuído principalmente ao crescimento da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nas crianças pequenas de até dois anos em muitos estados do país.
Conforme a publicação, nove das 27 UFs apresentam incidência de SRAG em nível de alerta, risco ou alto risco, com tendência de crescimento na tendência de longo prazo até a semana 12, sendo nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia e Roraima.
Já outros estados das regiões Norte e Centro-Oeste, como Mato Grosso, Tocantins e Goiás, também apresentam incidência de SRAG em níveis de alerta ou risco, porém com sinal de estabilização ou oscilação na tendência de longo prazo. Porém, TO e GO ainda apresentam crescimento de SRAG em crianças de até dois anos.
Nas quatro últimas SEs, a prevalência entre os casos positivos foi de 6,2% de influenza A, 1,5% de influenza B, 38,9% de vírus sincicial respiratório, 34,9% de rinovírus e 20,8% de Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, a prevalência foi de 8,5% de influenza A, 3% de influenza B, 3% de vírus sincicial respiratório, 11% de rinovírus, e 68,5% de Sars-CoV-2 (Covid-19).
Em 2025, já foram notificados 24.635 casos de SRAG, sendo 9.336 (37,9%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Entre os casos positivos, 6% foram de influenza A, 2,1% de influenza B, 23,1% de vírus sincicial respiratório, 28,8% de rinovírus e 36,5% de Sars-CoV-2 (Covid-19).
A volta às aulas, no começo do mês de fevereiro, coincidiu com um aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), registrados entre os dias 2 e 8 de fevereiro, segundo Boletim InfoGripe, da Fiocruz. O aumento tem a ver com a maior circulação do vírus entre os jovens, sobretudo na faixa dos 5 aos 14 anos, e é causado pelo retorno às salas de aula. Os jovens ficam reunidos por mais tempo em ambiente fechado, o que favorece a transmissão dos vírus respiratórios.
O maior aumento dos casos de SRAG foi registrado no estado de Goiás e no Distrito Federal. O aumento de casos nesses locais vai na contramão do restante do país que, segundo o InfoGripe, continuam em baixa nos estados do Sul, Sudeste e Nordeste.
A Covid-19 continua sendo o vírus que mais causa agravos respiratórios, afetando principalmente a população idosa, os grupos com comorbidades e crianças pequenas. Para evitar os casos de SRAG, a pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do Boletim InfoGripe, Tatiana Portella, relembra a importância da vacinação.
“A gente pede que essas pessoas estejam em dia com a vacinação contra o vírus para evitar desenvolver as formas mais graves da doença. Além disso, é importante que essa população, principalmente as pessoas que residem em estados com aumento de casos de SRAG por Covid-19, use máscaras em locais fechados e também dentro dos postos de saúde”.
Os vírus respiratórios podem ser fatais, por isso cuidados são importantes caso você tenha algum sintoma gripal, como coriza, tosse ou febre. A recomendação é ficar em casa em isolamento até que esteja recuperado, O cuidado vale para evitar transmitir o vírus, seja entre as crianças na escola, ou a qualquer outra pessoa na rua. Caso não seja possível ficar em casa, o ideal é sair usando uma máscara reforçada.
Entre as mortes causadas por vírus respiratórios, a Covid-19 segue sendo a maior responsável e responde por 52,3% nas últimas quatro semanas epidemiológicas.
5 estados do Norte registram alta enquanto, no Nordeste, ocorrências desaceleram
O vírus da Covid-19 continua sendo o maior responsável pelo agravamento dos casos de síndromes respiratórias, sobretudo no Norte do país, segundo o último boletim Infogripe da Fiocruz. Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Tocantins registraram aumento nos casos de SRAG.
Nos estados do Amazonas, Pará e Goiás, entre os dias 26 de janeiro e 1º de fevereiro, também houve um aumento nos casos de SRAG entre crianças e adolescentes. Mas ainda sem confirmação de quais vírus estão causando este agravamento, por conta do baixo número de resultados laboratoriais.
Os estados do Rio de Janeiro e São Paulo também vem registrando casos de SRAG causados pela Covid, mas sem evolução clínica que levem a hospitalizações. O boletim mostra ainda que nas últimas quatro semanas epidemiológicas 54,1% dos casos de SRAG foram relacionados ao vírus causador da Covid.
A Região Nordeste, que desde o começo do ano vinha apresentando aumento de casos de SRAG, agora segue tendência de queda. Estados como Paraíba, Maranhão, Rio Grande do Norte e Sergipe no longo prazo, considerando as últimas 6 semanas, apresentam probabilidade de queda.
Mesma tendência nacional, que tanto no curto como no longo prazo vem apresentando tendência de queda no número de casos. Em 2025 já foram notificados 7.122 casos de SRAG, sendo que 42,3% deles com resultado negativo para algum vírus respiratório.
A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe reforça que, caso apresente sintomas de síndrome gripal, o paciente deve ficar em casa, em isolamento e se recuperando da infecção, evitando transmitir esses vírus para outras pessoas. Se precisar sair, deve usar máscara.
O paciente também deve procurar uma unidade de saúde caso os sintomas piorem. A vacinação, sobretudo para grupos de risco, deve ser estar em dia para evitar o agravamento dos casos.
Mais uma vez, os estados do Norte e Nordeste do país apresentaram tendência de aumento de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) na última semana epidemiológica — referente ao período de 12 a 18 de janeiro. O aumento em Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Maranhão, Amazonas, Pará, Rondônia e Tocantins vai na contramão do restante do país, que apresentou tendência de queda de SRAG tanto a curto como a longo prazo.
O vírus da Covid-19 continua sendo o que mais impacta na saúde de crianças e idoso e ainda é o responsável pela maior mortalidade na população acima dos 65 anos. Mas o boletim da Fiocruz revela também que jovens e adultos estão se contaminando com a Covid, no Amazonas, Pará, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe.
Fonte: Infogripe/Fiocruz
Os casos que evoluem para quadros mais graves, considerados SRAG, decorrem principalmente de Covid (51,1%), rinovírus (21,4%), vírus sincicial respiratório (10,9%), influenza A e B (10,1%) .
Já quando se trata de óbitos, a maior parte deles — 79,1% — ainda está relacionada ao vírus da Covid.
Veja a explicação da pesquisadora do InfoGripe, Tatiana Portella:
O vírus da Covid-19 continua sendo o responsável pela maior parte dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), principalmente em idosos no Norte e Nordeste do país. Os dados são do Boletim InfoGripe da Fiocruz e correspondem à segunda semana epidemiológica de 2025 — que vai de 5 a 11 de janeiro.
O relatório semanal mostra que os idosos são a população mais afetada pela Covid-19, e quem tem mais de 65 anos, e crianças pequenas, vem apresentando maior mortalidade pelo vírus. O aumento de casos de SRAG vem sendo registrado na Paraíba, Sergipe, Amazonas e Rondônia. Já no estado do Ceará, os casos entre os idosos começam a dar sinais de reversão.
Na contramão dos estados do Norte e Nordeste estão os do centro-sul do país, que vem apresentando uma redução no número de casos de SRAG nas últimas semanas, segundo o boletim.
A maior parte dos casos de SRAG ainda é causada pelo vírus da Covid-19. Nas últimas quatro semanas foram 49,1%, contra 12,6% para influenza A e B e 21,1% para rinovírus. Quanto à mortalidade, o Sars-CoV-2 foi responsável por 77,5% das mortes na última semana.
O ano começa com queda no número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no país. Os dados são do primeiro Boletim Infogripe da Fiocruz, relativos ao período de 29 de dezembro a 4 de janeiro.
Apesar da redução no país, dados de cinco estados mostraram tendência de crescimento a longo prazo, são eles: Alagoas, Paraíba, Acre, Rondônia e Roraima. A maior parte dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças e adolescentes é causada pelo rinovírus, já o vírus da Covid-19 predomina entre os idosos.
O estado do Ceará é o que o vem apresentando maior número de casos de SRAG por Covid-19 , sobretudo em jovens e adultos. Já nos idosos, o boletim mostra sinais de desaceleração. Em outros estados como Paraíba, Rio Grande do Norte, Sergipe e Maranhão, no Nordeste, e Amazonas, Acre, Pará e Rondônia, no Norte, o aumento no número de casos de SRAG pode estar associado ao vírus da Covid-19.
Segundo a pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e coordenadora do InfoGripe, por conta das festas de final de ano, os dados laboratoriais não são suficientes para afirmar que os casos mais graves são, de fato, causados pelo vírus da Covid. Ela reforça a importância de manter os cuidados de prevenção.
“A gente reforça a importância da vacinação contra Covid-19. É importante que todas as pessoas estejam com esquema completo de vacinação. Também é importante que as pessoas dos grupos especiais estabelecidos pelo Ministério da Saúde também estejam em dia com a vacinação periódica anual da Covid-19.”
Para quem tiver sintomas como febre, coriza e dores de cabeça, a recomendação é manter o isolamento.
É comum as pessoas terem dúvida se é seguro tomar a vacina da gripe se ja tiver com sintomas de gripe. O Ministério da Saúde recomenda evitar a vacinação contra influenza durante qualquer quadro febril, seja por gripe, COVID-19 ou outra doença, para que os sintomas da doença não sejam confundidos com possíveis reações da vacina.
Diante disso, é aconselhável aguardar a melhora da febre antes de se vacinar. Em caso de dúvidas, consulte seu médico.
Veja ao vídeo com a explicação do especialista:
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O último Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado na última quinta-feira (7), aponta aumento de casos graves de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por rinovírus entre crianças e adolescentes, de até 14 anos, nos estados da Bahia, Rio de Janeiro, Ceará e Maranhão.
Também há indícios de aumento de ocorrências de SRAG nessa faixa etária no Espírito Santo, Goiás, Amazonas e Amapá. Porém, segundo a FrioCruz, já há desaceleração de casos no estado capixaba.
Em relação ao cenário nacional, a FioCruz informa que os casos de SRAG por Covid-19 continuam caindo na maioria dos estados da região Centro-Sul do país. Porém, há exceção para o estado do Rio de Janeiro, que mantém sinal de retomada do crescimento.
Nove capitais apresentam, ainda, aumento de casos de SRAG. São elas: Goiânia, Salvador, São Luís, Rio de Janeiro, Manaus, São Paulo, Teresina, Vitória e Macapá.
O estudo se refere à Semana Epidemiológica 44, de 27 de outubro a 2 de novembro.
O rinovírus é um vírus que ocasiona a maioria dos resfriados comuns e é altamente contagioso, pois sua entrada no organismo se dá pelas vias respiratórias. Ou seja, pode se espalhar de forma fácil e rápida entre as pessoas por gotículas no ar.
O último Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revela que a incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associada ao coronavírus tem apresentado maior impacto em crianças pequenas e idosos. A taxa de mortalidade tem sido mais elevada em indivíduos com 65 anos ou mais.
Além disso, apesar da manutenção da queda dos casos de Covid-19 na maioria dos estados do Centro-Sul do país, há indícios de retomada do crescimento de notificações no Rio de Janeiro.
Já em relação ao rinovírus, a pesquisadora da Fiocruz Tatiana Portella aponta que esse vírus continua sendo a principal causa de hospitalizações em crianças e adolescentes de até 14 anos.
“Temos observado que essas novas hospitalizações por rinovírus estão em queda, ou até estáveis, em muitos estados do país, com exceção apenas dos estados do Maranhão e do Rio de Janeiro, onde ainda observamos o aumento das hospitalizações por rinovírus.”
Na tendência de longo prazo, quatro unidades federativas apresentam crescimento de SRAG: Espírito Santo, Maranhão, Piauí e Rio de Janeiro. Já Mato Grosso, Pará, Paraíba e Pernambuco registram sinais de estabilidade de novos casos, especialmente entre os idosos.
Entre as capitais, seis apresentam crescimento das doenças respiratórias: Brasília (DF), Macapá (AP), Manaus (AM), Natal (RN), Rio Branco (AC) e São Luís (MA).
Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, 12,6% dos casos positivos de SRAG estavam associados à influenza A; 10,6% à influenza B; 4,8% ao vírus sincicial respiratório (VSR), 34,4% ao rinovírus, e 24,3% à Covid-19.
A pesquisadora da Fiocruz Tatiana Portella reforça que, apesar da melhoria no cenário epidemiológico, é importante manter as medidas de prevenção.
“Mantemos as recomendações de uso de máscaras em locais fechados e em postos de saúde. Recomendamos que, em caso de aparecimento de sintomas, a pessoa saia de casa usando uma boa máscara, principalmente se ela não puder ficar em casa se recuperando da infecção e em isolamento. E, claro, é importante manter a vacinação em dia, principalmente para as pessoas dos grupos de risco como idosos, crianças pequenas e pessoas com comorbidade.”
A análise do Boletim InfoGripe, referente à Semana Epidemiológica 43, tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe, entre 20 e 26 de outubro, e apresenta informações sobre os vírus respiratórios, como VSR, rinovírus, influenza e Covid-19.
VSR: Vírus Sincicial Respiratório
Este vírus atinge, principalmente, crianças pequenas — de até dois anos — ou idosos acima de 65 anos. Geralmente é o responsável pelos casos de bronquiolite em crianças pequenas.
Segundo a pesquisadora da Fiocruz Tatiana Portella, “os sintomas são parecidos com os da gripe: dor de garganta, calafrios, coriza, tosse. Mas é preciso prestar atenção nos sintomas das crianças pequenas. Verificar se elas estão com dificuldade de respirar, com os lábios arroxeados — isso pode ser um indicativo que ela está evoluindo para uma forma mais grave da doença. Nesses casos, é preciso procurar atendimento médico rápido”.
Influenza A ou H1N1
Trata-se do vírus da gripe. Com alta circulação pelo país, sobretudo este ano, a Influenza A também é conhecida como H1N1 — anteriormente chamada de gripe suína.
“Geralmente ele pode dar uma febre mais repentina, mas tem os sintomas muito parecidos com outros vírus respiratórios, como tosse coriza, calafrios. Ele atinge todas as faixas etárias, mas assim como os outros vírus, evolui de forma mais grave nos idosos, crianças pequenas e pessoas com comorbidades”, explica Portella.
Rinovírus
Assim como o VSR, atinge crianças pequenas e pode evoluir para casos de bronquite. Mas é uma doença autolimitada “que vai se curar sozinha entre 7 e 14 dias”, explica a pesquisadora.
“Mas ele pode evoluir para as formas mais graves em crianças pequenas que tenham histórico de asma, doença crônica no pulmão, imunossuprimidos.” Tatiana ainda explica que o rinovírus pode ter uma comportamento sazonal — como Influenza e VSR — e neste momento a Fiocruz observa uma incidência alta desse vírus em crianças pequenas e adolescentes.
Covid-19
O velho conhecido — responsável pela pandemia entre 2020 e 2021 — ainda causa muitos casos de SRAGs. Isso porque ao longo do tempo ele vem sofrendo mutações e evoluiu rapidamente. As novas variantes mostram que ainda trata-se do vírus da covid, mas com um poder de infecção maior.
Por isso a vacinação anual é importante para prevenir os casos mais graves da doença, alerta Tatiana Portella.
“A vacina da Covid-19 é atualizada para as novas variantes e, apesar de termos esse vírus circulando há alguns anos, é importante que as pessoas atualizem a vacina. Porque a vacina que as pessoas tomaram no ano passado não confere a mesma proteção do que a vacina que está disponível este ano.”
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