Dólar fechou a última sessão em leve alta de 0,07%, praticamente estável. A moeda é cotada a R$ 5,54.
A leve valorização da moeda frente ao real demonstrou movimento distinto do que ocorreu no exterior, onde a moeda americana depreciou na maioria dos mercados.
A pressão sobre o câmbio foi puxada pelas declarações do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sobre pautar urgência de projeto para derrubar decreto de alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e barrar novos aumentos de imposto.
No exterior, cresce a desconfiança diante da política comercial restritiva do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Fechamento foi aos 137.800 pontos
O índice da bolsa de valores brasileira (Ibovespa) fechou o último pregão com alta de 0,49%, aos 137.800 pontos.
O resultado foi impulsionado pelo avanço expressivo das ações da Petrobras e de boa parte dos bancos.
O fluxo de investidores do exterior contribuiu para a alta do índice, mesmo em meio às decisões sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Os papéis preferenciais da Petrobras valorizaram 2,25% e as orddinárias da petrolífera subiram 2,76%.
O destaque entre os bancos ficou para as units do BTG Pactual, que aumentaram 2,56%. Já Bradesco teve alta de 0,98% e Itaú avançou 0,77%.
Entre as baixas, Casas Bahia encerrou com queda de 1,75%. Vale também caiu, mas 0,66%.
O preço do boi gordo registrou alta de 0,53% nesta sexta-feira (13), com a arroba do boi sendo negociada a R$ 315,85 no estado de São Paulo.
Indicador do boi gordo dos últimos 5 dias:
Data |
Valor R$ |
Var./Dia |
Var./Mês |
Valor US$/@ |
12/06/2025 |
313,03 |
0,30% |
2,26% |
56,26 |
11/06/2025 |
312,09 |
0,19% |
1,96% |
56,00 |
10/06/2025 |
311,49 |
0,38% |
1,76% |
55,69 |
09/06/2025 |
310,33 |
0,37% |
1,38% |
55,35 |
06/06/2025 |
309,20 |
0,33% |
1,01% |
54,85 |
05/06/2025 |
308,19 |
0,30% |
-0,12% |
54,42 |
Na Grande São Paulo, São José do Rio Preto e Descalvado, o preço do frango congelado manteve estabilidade, com o quilo cotado a R$ 7,36. O frango resfriado também se manteve estável e continua sendo vendido a R$ 7,39 o quilo, refletindo ajustes no mercado consumidor.
A carcaça suína especial registrou estabilidade nos preços, mantendo o quilo em R$ 12,55 nos atacados da Grande São Paulo. Em contrapartida, o preço do suíno vivo teve alta em diversas regiões, como no Paraná, onde o quilo do suíno vivo está sendo comercializado a R$ 7,97, segundo dados do Cepea.
Indicador do suíno vivo:
Data |
Estado |
Valor R$* |
Var./Dia |
Var./Mês |
12/06/2025 |
MG - posto |
8,44 |
0,00% |
4,07% |
12/06/2025 |
PR - a retirar |
7,97 |
0,50% |
0,76% |
12/06/2025 |
RS - a retirar |
8,03 |
0,00% |
0,63% |
12/06/2025 |
SC - a retirar |
8,00 |
0,25% |
4,03% |
12/06/2025 |
SP - posto |
8,50 |
0,00% |
1,19% |
Preço da carcaça suína especial nos últimos 5 dias:
Data |
Média |
Var./Dia |
Var./Mês |
11/06/2025 |
12,55 |
0,00% |
2,20% |
10/06/2025 |
12,55 |
0,80% |
2,20% |
09/06/2025 |
12,45 |
1,55% |
1,38% |
06/06/2025 |
12,26 |
1,07% |
-0,16% |
05/06/2025 |
12,13 |
0,00% |
-1,22% |
Os valores são do Cepea.
O boi gordo é o bovino macho pronto para o abate, com peso mínimo de 16 arrobas líquidas de carcaça (aproximadamente 240 kg) e até 42 meses de idade. Atende aos padrões do mercado nacional e internacional, incluindo exportações para Europa, China e cota Hilton.
O frango congelado passa por congelamento rápido, com temperaturas abaixo de -12°C, garantindo maior vida útil para armazenamento e transporte a longas distâncias. Já o frango resfriado é mantido entre 0°C e 4°C, com validade de 5 a 7 dias, oferecendo textura e sabor mais próximos do fresco, ideal para consumidores exigentes e restaurantes.
O preço do café arábica caiu 0,95% e a saca de 60 kg está inicia inicia esta sexta-feira (13) negociada por R$ 2.229,75 na cidade de São Paulo, segundo dados atualizados do mercado.
Já o café robusta também apresentou recuo, com queda de 0,79%. A saca de 60 kg do grão está sendo vendida a R$ 1.333,38.
Indicador do café arábica nos últimos 5 dias:
Data |
Valor R$ |
Var./Dia |
Var./Mês |
Valor US$ |
12/06/2025 |
2.229,75 |
-0,95% |
-4,54% |
402,12 |
11/06/2025 |
2.251,10 |
-1,13% |
-3,62% |
405,97 |
10/06/2025 |
2.276,92 |
-1,17% |
-2,52% |
408,49 |
09/06/2025 |
2.303,94 |
-0,53% |
-1,36% |
414,15 |
06/06/2025 |
2.316,32 |
0,63% |
-0,83% |
416,45 |
Indicador do café robusta nos últimos 5 dias:
Data |
Valor R$ |
Var./Dia |
Var./Mês |
Valor US$ |
12/06/2025 |
1.333,38 |
-0,79% |
-4,38% |
240,47 |
11/06/2025 |
1.343,93 |
-1,74% |
-3,62% |
242,37 |
10/06/2025 |
1.367,66 |
-0,59% |
-1,92% |
245,36 |
09/06/2025 |
1.375,84 |
0,93% |
-1,33% |
247,32 |
06/06/2025 |
1.363,23 |
0,01% |
-2,24% |
245,10 |
O preço do açúcar cristal registrou queda nesta sexta-feira (13) nas principais praças do estado de São Paulo.
Indicador do açúcar cristal no últimos 5 dias em São Paulo:
Data |
Valor R$* |
Var./Dia |
Var./Mês |
Valor US$* |
11/06/2025 |
127,06 |
-2,32% |
-4,89% |
22,91 |
10/06/2025 |
130,08 |
-1,81% |
-2,63% |
23,34 |
09/06/2025 |
132,48 |
0,52% |
-0,83% |
23,81 |
06/06/2025 |
131,80 |
0,30% |
-1,34% |
23,70 |
05/06/2025 |
131,40 |
-2,06% |
-1,64% |
23,50 |
Indicador do açúcar cristal no últimos 5 dias em Santos:
Data |
Valor R$* |
Var./Dia |
Var./Mês |
Valor US$* |
11/06/2025 |
124,29 |
-0,77% |
-6,18% |
22,44 |
10/06/2025 |
125,26 |
-0,93% |
-5,45% |
22,55 |
09/06/2025 |
126,44 |
0,28% |
-4,56% |
22,68 |
06/06/2025 |
126,09 |
-0,58% |
-4,82% |
22,54 |
05/06/2025 |
126,82 |
-1,54% |
-4,27% |
22,66 |
Na região de Campinas (SP), a saca de 60 kg do milho está sendo vendida a R$ 67,64, com desvalorização de 0,49% no dia.
Indicador do milho nos últimos 5 dias:
Data |
Valor R$* |
Var./Dia |
Var./Mês |
Valor US$* |
11/06/2025 |
67,97 |
0,35% |
-1,42% |
12,26 |
10/06/2025 |
67,73 |
-1,54% |
-1,77% |
12,15 |
09/06/2025 |
68,79 |
-1,06% |
-0,23% |
12,37 |
06/06/2025 |
69,53 |
0,83% |
0,84% |
12,50 |
05/06/2025 |
68,96 |
-0,09% |
0,01% |
12,33 |
Os valores são do Cepea.
Café arábica e café robusta são as duas principais variedades cultivadas e comercializadas no Brasil, ambas medidas em sacas de 60 kg.
A saca de açúcar cristal no Brasil é padronizada em 50 quilos, especialmente para comercialização no mercado atacadista e para uso na indústria alimentícia. Essa unidade de medida é adotada pelo Cepea/Esalq-USP, principal fonte de cotações diárias do açúcar cristal no país.
A saca de milho equivale a 60 kg de grãos, mesmo padrão utilizado para soja e trigo. Essa medida é oficializada por instituições como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Ministério da Agricultura (MAPA) e o Cepea, sendo amplamente usada em negociações e relatórios de preço do milho.
As concessionárias que já possuem contrato com a União para atuar no setor aéreo poderão assumir a gestão de terminais deficitários por meio do Programa de Investimentos Privados em Aeroportos Regionais (AmpliAR). A determinação consta na Portaria nº 373, publicada no Diário Oficial da União.
Nesta primeira etapa do programa, serão ofertados 19 aeroportos (ver lista abaixo) situados em 11 estados da Amazônia Legal e do Nordeste do país. Inicialmente, esses terminais contarão com investimentos de R$ 1,35 bilhão, o que representa uma média de aproximadamente R$ 77 milhões por aeroporto.
A iniciativa, criada pelo Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), visa atrair investimentos privados para a malha aeroportuária regional e conectar áreas remotas aos principais aeroportos do país. A projeção do governo é que o programa alcance mais de R$ 5 bilhões em investimentos privados.
Aeroportos: Nordeste ultrapassa marca de 12 milhões de passageiros em 2025
Os terminais incluídos no programa foram definidos com base no Plano Aeroviário Nacional (PAN) e serão ofertados por meio de processo competitivo simplificado. Para o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, a iniciativa contribuirá para impulsionar a economia nas regiões contempladas.
“Que isso possa estimular o turismo de negócios, que possa ajudar no turismo de lazer, para estimular que os brasileiros e estrangeiros viajem mais para o interior do Brasil. Nossa meta é que, nos próximos cinco anos, mais de 100 aeroportos sejam construídos ou requalificados em todo o país”, destaca o ministro.
De acordo com o MPor, as empresas interessadas serão remuneradas por meio de aditivos que vão reequilibrar os contratos vigentes. A estimativa é de que as propostas sejam abertas em setembro de 2025. Os ajustes contratuais devem ser concluídos até o fim do ano.
Vale destacar que os terminais aeroportuários que não receberem propostas nesta rodada vão permanecer disponíveis, assim como novos lotes, que serão oferecidos em futuras etapas do programa.
Na avaliação do secretário nacional de Aviação Civil, Tomé Franca, o programa deve impulsionar o desenvolvimento de regiões menos desenvolvidas, que precisam de uma infraestrutura aeroportuária mais adequada.
“Em parte dessas cidades só há acesso por barcos, por onde chegam produtos de saúde, alimentos e combustível. Com estiagem, que ocorre com maior frequência na Região Norte, alguns municípios acabam ficando completamente isolados”, considera.
“Baseado em uma análise técnica reconhecida pelo TCU, que sugeriu usar a metodologia do PAN como referência para planejamento, a implantação do AmpliAR resulta em múltiplos impactos para o desenvolvimento regional e traz benefícios para diversas áreas”, complementa Franca.
Segundo previsão do governo federal, os investimentos realizados por meio do programa terão impacto em áreas como a saúde, já que a ideia também é viabilizar deslocamentos de emergência e facilitar a distribuição de medicamentos e vacinas em comunidades remotas.
“Além disso, os aeroportos devem funcionar como pontos estratégicos para a fiscalização ambiental, o monitoramento de áreas isoladas e a proteção de comunidades indígenas”, pontua ministério.
A confiança dos empresários da indústria continua em baixa no Brasil. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (12) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o setor chega ao sexto mês consecutivo com o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) abaixo da linha dos 50 pontos — o que sinaliza um cenário de desconfiança generalizada.
Em junho, o ICEI registrou uma leve queda, de 48,9 para 48,6 pontos. Embora a variação seja pequena, ela reforça uma tendência de cautela entre os industriais, especialmente em relação ao rumo da economia nos próximos meses, explica Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI.
“Os empresários mostraram um otimismo mais moderado, quando se fala das expectativas com relação às suas próprias empresas. Mas com relação à economia brasileira, houve uma queda mais forte, um aumento do pessimismo nessa passagem de maio para junho.”
A pesquisa revela que, mesmo com uma discreta melhora na percepção das condições atuais — que subiu 0,1 ponto, chegando a 44,1 — o sentimento geral ainda é de insatisfação. Quando abaixo de 50 pontos, esse indicador mostra que os empresários veem o momento presente de forma negativa, tanto em relação à própria empresa quanto ao ambiente econômico mais amplo.
Já o componente que mede as expectativas para os próximos seis meses caiu para 50,9 pontos, refletindo um aumento do pessimismo, principalmente com o desempenho da economia nacional. O otimismo com o futuro das próprias empresas também perdeu força.
O ICEI é um levantamento mensal da CNI que capta o clima entre os industriais. Nesta edição, foram ouvidas 1.169 empresas de todo o país, entre os dias 2 e 6 de junho de 2025. A amostra incluiu negócios de diferentes portes: 480 pequenas empresas, 420 médias e 269 grandes.
A comitiva liderada pelo ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional Waldez Góes encerrou a agenda do Caminho das Águas desta quinta-feira (12) com visita à Estação de Tratamento de Água 1 da Adutora do Seridó, localizada no município de Jucurutu, no Rio Grande do Norte. Essa é mais uma obra de infraestrutura hídrica presente na carteira do Novo PAC que vai levar água do rio São Francisco para a população potiguar.
Durante a visita técnica, o ministro Waldez Góes relembrou o compromisso do presidente Lula, desde o início de seu mandato, com as obras de segurança hídrica no Nordeste. “Quem fez o orçamento de 2023 não botou dinheiro para essas obras de segurança hídrica. Aí o presidente Lula preparou a PEC da Transição e apresentou ao Congresso. Depois, o ministro Rui Costa construiu o Novo PAC, ouvindo os governadores, e criou o eixo Água para Todos, que trata de revitalização de bacias, de obras de infraestrutura hídrica, de tecnologia social e de abastecimento, e destinou R$ 30 bilhões”, afirmou.
A ETA‑1 (EB1) capta água da barragem Armando Ribeiro Gonçalves, trata e envia para Jucurutu, Florânia, Currais Novos, Cruzeta e São Vicente por meio da Adutora do Seridó. O diferencial dessa obra é que, em caso de necessidade, a estrutura poderá também captar água da barragem de Oiticica, garantindo segurança hídrica para a região.
O secretário nacional de Segurança Hídrica do MIDR, Giuseppe Vieira, explicou que a água vai ser distribuída já tratada. “A água vai passar por todo o sistema de tratamento na estação para depois ser disponibilizada através das redes adutoras para todas as cidades beneficiadas no Seridó, que é a região que mais sofre com seca e estiagem no Rio Grande do Norte”, destacou.
Com 112 quilômetros de extensão e 81% de avanço das obras, a Adutora do Seridó já recebeu mais de R$ 310 milhões em investimentos. A capacidade de adução de água chega a 375 litros por segundo. “É garantia de segurança hídrica para 50 anos”, disse Flávio Fernandes, analista em desenvolvimento regional da Codevasf e fiscal da obra.
A governadora do Rio Grande do Norte acompanhou a visita e celebrou o avanço dos trabalhos. “Essa estação de tratamento aqui em Jucurutu, que distribuirá as águas do São Francisco via sistema Adutor do Seridó, é mais um sonho, porque se soma à barragem de Oiticica — que nós já entregamos recentemente, inclusive com a presença do presidente Lula — à passagem das Traíras e a primeira etapa do Ramal do Apodi. Então é um momento realmente para a gente celebrar”, declarou.
O prefeito de Currais Novos, Lucas Galvão, agradeceu o empenho do Governo Federal em garantir que a obra seja concluída com rapidez para atender a população. “A gente vive na região que menos chove do Seridó, já passamos maus momentos, mas é gratificante ver a obra avançando para atender nossa população”, disse. O sistema tem capacidade para atender inicialmente cerca de 80 mil pessoas, mas esse número vai aumentar com a expansão do sistema para outras cidades da Serra de Santana.
A Agência Nacional de Mineração (ANM) divulgou a lista final de municípios afetados pela presença de ferrovias, portos e dutovias e aptos a receber recursos da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) em 2025. A compensação é referente ao ciclo de distribuição da CFEM recolhida entre maio de 2025 e abril de 2026.
Os pedidos de eventuais recursos ou solicitações referentes à alteração no rol dos entes federativos beneficiários da compensação ou de correção das informações deverão ser protocolados no processo SEI 48051.001614/2025-04.
Segundo a ANM, a lista de municípios afetados por estruturas de mineração será divulgada posteriormente.
A lista divulgada pela ANM contempla 512 municípios em 20 unidades federativas (UFs), divididos entre as estruturas de ferrovias, portos e dutovias utilizados no transporte de substâncias minerais.
As ferrovias continuam sendo as estruturas responsáveis pela maior quantidade de municípios, com 429 cidades contempladas, em 14 estados e em todas as regiões do país.
Confira o número de municípios afetados por ferrovias contemplados por UF:
Já os municípios afetados por dutovias somam 69, distribuídos em cinco estados nas regiões Sudeste, Norte e Nordeste.
Confira o número de municípios afetados por dutovias contemplados por UF:
Os portos são as estruturas responsáveis pela maior quantidade de estados afetados, totalizando 15 UFs, com 30 municípios contemplados em todas as regiões do país.
Confira o número de municípios afetados por portos contemplados por UF:
Os municípios contemplados podem ser acessados na página oficial da ANM na aba Apuração de Municípios Afetados - 2025.
Os distribuição da CFEM é feita de acordo com critérios estabelecidos pela Lei nº 13.540, de 18 de dezembro de 2017. Confira os critérios da distribuição:
A 3ª edição do Simpósio Liberdade Econômica foi realizada nesta semana em Brasília, reunindo representantes do setor produtivo, autoridades e especialistas para discutir propostas voltadas ao aumento da competitividade e à estabilidade econômica do país.
O painel “Reforma Tributária e o Setor Produtivo: Perspectivas e Desafios” foi um dos destaques do evento. Os participantes defenderam a adoção de medidas que assegurem segurança jurídica, equilíbrio fiscal e previsibilidade regulatória.
O vice-presidente jurídico da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), Anderson Trautman, afirmou que a reforma tributária aprovada em 2023 e atualmente em fase de regulamentação ainda carece de políticas estruturantes.
Segundo Trautman, a Emenda Constitucional 132 prevê uma reformulação da tributação sobre a folha de pagamento, que poderia reduzir custos para o setor de Serviços e incentivar a geração de empregos. “Isso [ainda] não foi feito. Se atropelou com uma reforma da renda, com uma visão, mais uma vez, de enfrentamento do gasto do Estado.”
O PLP 68/2024, já sancionado, regulamenta a Reforma Tributária e traz mudanças importantes para o Simples Nacional, sem, no entanto, extingui-lo. A nova legislação permite que micro e pequenas empresas continuem a recolher impostos — inclusive o IBS e a CBS — por meio do Documento de Arrecadação do Simples (DAS), mas com ajustes.
Uma das novidades é a possibilidade de adesão a um regime híbrido, no qual o recolhimento do IBS e da CBS pode ser feito de forma separada. Apesar da manutenção do regime, as alterações levantam preocupações sobre aumento da carga tributária e perda de competitividade, levando ao receio de que muitos empreendedores tenham que deixar o Simples ou até reduzir suas operações.
Também presente no simpósio, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, defendeu que a instituição trabalhe com uma agenda no mesmo sentido de quem produz.
“Oferecer opções às pessoas, criar uma infraestrutura e um ambiente regulatório e legal para que o empreendedorismo possa se desenvolver e fazer coisas novas”, defendeu Galípolo.
Organizado pelo senador Efraim Filho (União-PB) — que preside a Frente Parlamentar do Comércio e Serviço —, em parceria com a Vector Consultoria em Relações Institucionais, o evento cumpre um papel estratégico e necessário.
“Essa é a nossa missão, juntar vários atores, sentados à mesma mesa, para poder encontrar os caminhos de resguardar o equilíbrio e a responsabilidade fiscal no Brasil, ao lado de governo, Congresso, Banco Central, setor produtivo. Todos juntos, à mesma mesa”, afirmou o parlamentar.
Além do painel sobre a reforma, o evento abordou temas como crédito, pagamentos digitais, inclusão financeira e desafios regulatórios. O objetivo foi propor soluções práticas para destravar o ambiente de negócios e acelerar o crescimento sustentável do país.
Centenas de pessoas estavam reunidas na praça central do município de Desterro (PB), nesta quinta-feira (12), quando o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, abriu as torneiras de dois chuveiros instalados na área pública. Foi uma cena histórica: a chegada da água em uma região do Sertão do Pajeú que sobreviveu por décadas com a escassez hídrica. O ministro não pensou duas vezes e entrou debaixo da chuveirada, comemorando, junto com a população, a inauguração do Ramal do Desterro e da Adutora do Pajeú realizada durante visita da comitiva do Caminho das Águas na região.
Essas obras de infraestrutura hídrica vão garantir o abastecimento de água potável para diversas cidades do interior da Paraíba e de Pernambuco. “É uma obra realmente transformadora”, exaltou o ministro Waldez. “Tem município que a água já chegou, municípios que a água vai chegar no final de julho e outros que têm demandas novas. Todos os municípios que estão no raio da chegada Transposição do São Francisco, via Adutora do Pajeú, serão atendidos”, afirmou.
Com extensão de 193km, a Adutora do Pajeú distribui para 20 municípios de Pernambuco a água do Eixo Leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF) por meio de uma captação no Reservatório Campos, no município de Sertania (PE). Já o Ramal do Desterro (PB) é uma continuação de 370 km para que a água da Adutora do Pajeú chegue, além do estado de Pernambuco, a 18 municípios da Paraíba, beneficiando um total de 247.837 pessoas.
As obras da Adutora do Pajeú e do Ramal do Desterro foram financiadas com recursos do MIDR (totalizando R$ 574 milhões) e executada pelo Departamento de Obras Contra a Seca (DNOCS). A operação das estruturas está a cargo da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa).
Pela manhã, o ministro Waldez Góes visitou a estação elevatória 17 da Adutora do Pajeú, em Teixeira (PB). A estrutura faz parte do conjunto operacional da adutora, possibilitando o curso da água através do semiárido.
Ana Gabriele de Oliveira Amorim, 23 anos, lembra-se do tempo em que os moradores de Teixeira tinham de carregar potes na cabeça para ter água durante a semana. “Há 20 anos, não tinha água na Paraíba. A chegada da água é o novo para a nossa gente”, comentou a advogada.
Fica agora a esperança de uma nova realidade, em que o direito de acesso a água está garantido, e se pode sonhar com o futuro. “A sede da população e dos animais vai acabar, isso é um cuidado muito importante para nós. O olhar humano do presidente Lula para a população pobre e nordestina é realmente significativo para nós”, completou Ana Gabriele.
Durante a visita técnica à estação elevatória 17, o diretor de Infraestrutura do DNOCS, Luiz Hernani, anunciou que a cidade de Teixeira será atendida por um novo ramal cuja inauguração está prevista para o fim de julho de 2025. “No final de julho estamos programando para inaugurar o ramal que vai atender a cidade de Teixeira", disse Hernani, complementando que as obras civis estão concluídas. “A estação 17, que visitamos, a estação 16 e mais um reservatório fazem parte de uma tubulação de 15 quilômetros que vai levar água do Rio São Francisco até a cidade de Teixeira”, concluiu.
A comitiva também visitou a agência de tratamento de água de Desterro, que é abastecida pelo Ramal do Desterro e administrada pela Companhia de Águas e Esgoto do Estado da Paraíba (Cagepa). A estrutura vai reforçar o abastecimento da cidade, garantindo mais segurança hídrica para a população.